Wednesday, September 18, 2013

E o mundo que é tão grande

A R. lá está, deslumbrada com a escola nova, ainda um pouco à toa com o seu tamanho, horários e regulamentos. Suspeito que, mais do que tudo, ela gosta da sensação de lá estar, de ser mais crescida e obrigada a novas responsabilidades.

E teve sorte. Com a turma, com os professores, com a família que dá uma imensa ajuda.

Mas anda um bocado chocada com a forma como algumas pessoas falam aos alunos. Aos gritos, sem lhes explicar as coisas com calma. Ela acha ofensivo, porque diz que é bem educada.

Nós tentamos explicar que a escola tem 1000 alunos e que há regras para cumprir senão era o caos, que a senhora do bar tem de gritar porque ninguém a ouve e repete a mesma coisa centenas de vezes por dia, que o início do ano foi complicado e toda a gente está preocupada porque muita coisa ainda não está resolvida.

Mas, na verdade, ela tem toda a razão. Não é preciso gritar para se fazer entender. Claro que, em abono da verdade, estas atitudes não me parecem ser a norma, antes pelo contrário. E é mais ela a ambientar-se ao anonimato do que outra coisa qualquer. Mas para quem vem de uma escola onde as professoras fazem formação em Educação pelos afetos, porque dizem que estão há trinta anos a fazer formações de conteúdos e isso já não lhe interessa, o choque é realmente grande.

O que só nos deixa felizes por termos optado pela escolinha deles para o primeiro ciclo e por esta mudança nesta altura.

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