Monday, September 28, 2009

Suspiro de mãe!

A R. anda muito, muito contente nesta sua viagem pelo 1º ano. Um destes dias, perguntei-lhe se a professora iria ver, no dia seguinte, se os meninos tinham feito os trabalhos de casa. Ao que ela responde:

- Nããão. Se ela mandou toda a gente fez!

Wednesday, September 23, 2009

Por essas e por outras é que eu gosto tanto das dobragens portuguesas

O filme preferido do A., que agora vemos vezes sem conta, é o Cars. Há no filme duas personagens deliciosas, o Fillmore, uma carrinha pão-de-forma hippie e o Sarge, um Hummer todo dado à tropa, que têm uma relação de amizade assente nos mais absolutos opostos.

O meu momento preferido do filme é protagonizado por estes dois amigos. O Sarge acorda ao som de uma alvorada militar; ouve-se, em seguida, a música muito alta do Fillmore e o seguinte diálogo:

Sarge: - Desliga essa porcaria e vai ver se chove!
Fillmore: - Respeita os clássicos, man, é o Hendrix...

Está claro que estas duas frases agora servem para tudo cá em casa...

Monday, September 21, 2009

O factor de união

Quem anda de metro em Lisboa, conhece bem aquelas pessoas que são uma espécie de pedintes profissionais, que há muitos anos pedem diariamente no metro, na Baixa, nas estações. E há também os cauteleiros, que dizem a sua ladainha ("olha o 13, anda à roda, olha o 56), que por vezes se junta à de quem pede ("tenha a bondade de auxiliar...").

Pois hoje, estava eu no metro a ouvir o cauteleiro que, de pé atrás de mim, ia anunciando números, quando chega um cego a pedir, com as suas frases habituais. O engraçado é que, quando se cruzaram, se cumprimentaram, fizeram uma pausa e começaram a falar do jogo de hoje à noite. E está visto que ambos torcem pelo Sporting.

Thursday, September 17, 2009

Parabéns, Mãe!

E muito, muito, muito obrigada por existires e seres nossa mãe.

More than words

Um dia destes, no jardim ao pé da escola (que, por sinal, é um espaço onde se passam as mais estranhas e variadas coisas) ia a passar e ouvi as seguintes palavras, vindas de uma de três mulheres sentadas num banco:

"- Ela disse que não tinha nenhuma obrigação. Eu disse-lhe, não tens a obrigação mas tens o dever."

Este esmiuçar - como se diz agora - das palavras é uma coisa que me seduz sempre. Esta frase deu-me que pensar na viagem de metro para casa. Lembrei-me que, antigamente, se chamava "deveres" àquilo a que hoje se chama "trabalhos", como se fazê-los não fosse obrigatório, como se valorizássemos mais a execução de uma tarefa do que o imperativo moral de a fazer. Afinal, que satisfação podemos tirar de um trabalho? Não é melhor ter um dever cumprido?

E esta diferença entre obrigação e dever é interessante. Podem parecer sinónimos mas não são. Porque eu posso mesmo não ser obrigada a fazer uma coisa, ter a opção de me borrifar e virar costas, mas ainda assim ter o dever (moral, social) de a fazer. E, pelo menos segundo esta senhora (e eu inclino-me a concordar com ela), é muito mais grave fugir a um dever do que a uma obrigação.