Como quem me conhece sabe, eu não gosto de conduzir e, felizmente, preciso pouco de fazê-lo. Como ando quase sempre de transportes, há uma fatia da realidade (composta por filas de trânsito e comportamentos automobilisticos, músicas e programas de rádio) que me escapa.
Ora, hoje que passei mais de um quarto de hora na fila da Praça de Espanha, vi duas coisas que me puseram de boca aberta: a primeira, um rapaz (sendo que, para mim, "rapaz" já pode ser um homem de 40 anos..) de bicicleta NA CONTRAMÃO. E não, não era um puto com uma daquelas binas maradas, a desafiar o destino. Era um tipo de fato, de capacete, com ar de quem ia trabalhar.
A segunda foi o passageiro do carro à minha frente ter saído do carro, e ir acompanhando a fila a pé, cá fora, enquanto fumava um cigarro. Só me lembrava das histórias que contavam do combóio do Tua, que dava para sair, apanhar uvas, comê-las e depois apanhar de novo o combóio, em lento andamento.
Enfim, cenas.
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