"360º - Ciência Descoberta é uma exposição sobre a ciência ibérica
na época dos descobrimentos. Apresenta os desenvolvimentos científicos e
técnicos associados às grandes viagens oceânicas de Portugueses e
Espanhóis nos séculos XV e XVI, e o impacto que causaram na ciência
europeia."
Parece giro para levar os miúdos, não parece? Em especial para a mais velha que se estreou este ano em História na escola e decorou tudinho. Pois, mas não é.
Não nego a qualidade das peças, o interessantíssimo programa de eventos, conferências, visitas guiadas, que acompanha a exposição, mas é completamente imprestável e desinteressante para levar crianças. A exposição é ao estilo de museu "tradicional", muito escura (mas eu adoro o estilo e admido que possa ser para proteger os mapas, pelo que isso foi o que menos me incomodou), as legendas são difíceis de encontrar e um bocado encriptadas (por exemplo, há uma enorme vitrina de animais que despertam a atenção dos miúdos, mas a legenda está longe e quase precisa de manual de instruções) e - o que mais me irritou e eles não deixaram de comentar - não conseguem ver nada, porque está tudo exposto em vitrinas altíssimas para eles.
Em vão tentei motrar-lhes uma faca do tempo do Afonso Henriques e algumas preciosidades cartográficas. Salvou-nos a tarde o facto de os jardins terem sol e esconderijos, o rinoceronte e o crocodilo empalhados e o dente de narval. Mas, para isso, mais vale ir ao Jardim Zoológico (embora ver rinocerontes em Sete Rios também seja estranho).
E tenho pena, porque a Gulbenkian tem um excelente serviço educativo, atividades óptimas para escolas. Merecia uma museografia muito melhor, esta exposição.
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