Saturday, February 16, 2013

A propósito de faturas


Hoje fomos a uma loja aqui do bairro que vende jogos e brinquedos didáticos a preços amigáveis, e da qual eu tinha um vale de desconto, para comprar uma prendinha para uma festa a que os miúdos vão amanhã.

Depois de vermos os habituais jogos de cartas e kits de trabalhinhos, acabámos por escolher um estojo para lápis de cor feito de pano, daqueles à antiga, com muitas divisórias.

Quando vou pagar, a senhora pede desculpa e diz-me que tenho de pagar em dinheiro. "O valor é baixo", pensei eu. Mas não. O que ela me disse foi "É que sou eu que os faço e a dona da loja deixa-me vendê-los, mas não os posso registar na máquina".

E foi assim que deixei o talão de desconto para a próxima prenda e mergulhei alegremente na economia paralela. Ainda pensei fazer algum reparo, mas abstive-me. Porque me ocorreu uma frase lapidar: por estar e por outras é que Portugal nunca si da água, mas também nunca se afunda. Há sempre um recurso qualquer de imaginação e sobrevivência à espreita. O problema é que às vezes não são estojos mas contas na Suíça...

1 comment:

Anonymous said...

Yeahhhh, voltaste! Fiiiiixe!