Tuesday, September 25, 2007

Ainda não parei de me rir...

...desde que falei de manhã com uma ex-colega, que me disse que o nosso local de trabalho, um monumento muito interessante, recuperado para arquivo e escritórios, é agora alugado para eventos. Então, têm de entrar no edifício rapidamente, porque lá fora estão uns indivíduos a jogar (sim, nao é engano) "paintball"! E estão a trabalhar ao computador e aparecem pessoas à janela, atiradores, a correr e a gritar... nos dias de hoje, vale tudo para fazer render os edifícios públicos...

Thursday, September 20, 2007

"Bem-vindo a casa, Jorge!"

...era o que dizia alguém no público do concerto do Jorge Palma, hoje, na estação de metro do Cais do Sodré, a que eu e a R. fomos. Eu, muito contente de a ter levado ao seu primeiro concerto, ela, a dizer que a música era gira, mas que estava muito alta. De facto, como o próprio Jorge Palma diz "o vinho não era bom, a banda não tinha tom...". Não é que eles tenham cantado mal, mas foi o concerto possível, dadas as condições. O que foi mesmo giro foi ver os fãs, grudados no lugar, em contraste com os apressados, a caminho do combóio ou do metro.

Wednesday, September 19, 2007

Sítios que nos emocionam

Hoje assisti a uma bela conferência do arquitecto Manuel Vicente. Quando o ouvi contar a emoção com que esteve sentado várias horas na mesquita de Córdova, lembrei-me de alguns momentos em que senti as cidades a entranharem-se lentamente na minha consciência e, depois, na minha maneira de as ver e amar. Lembrei-me de Veneza, com os meus pais e a J., uma tarde inteira sentados na Praça de São Marcos. Lembrei-me de Bruxelas, cidade muito feia mas com uma Grand Place maravilhosa, onde estive várias horas sozinha, simplesmente a ver. E do longo anoitecer de Nova Iorque, visto do cimo do Empire State. Só nesse momento comecei realmente a gostar da cidade e a perceber porque é que tem aquela magia tão especial. Até aí, tudo me parecia cenário de série de TV.

O Quino é que sabia

Quando falo com amigos e amigas sobre os seus horários e a ginástica que fazem todos os dias só para sair de casa, levar crianças à escola, trabalhar e fazer o caminho inverso, acho que a Mafaldinha é que tinha razão, "a vida moderna, às vezes, tem mais de moderna do que de vida".

Thursday, September 13, 2007

A dormir são sempre anjinhos

Um dos melhores momentos do meu dia é quando faço a ronda do quarto da R. e do A., quando eles estão a dormir. Comovo-me sempre com a ideia de ser mãe daqueles dois miúdos, vestidos com os seus pijama de Noddies e ursinhos, cada um com o seu cheiro, a sua respiração e a paz estampada no rosto.

Friday, September 7, 2007

Tal como toda a gente, conheço pessoas que estão a optar por sair de Portugal para procurar trabalho noutros países, sobretudo da União Europeia. Curiosamente, também conheço pessoas que optam por vir viver para Portugal, algumas vindas desses mesmos países.

A maior parte das vezes, quando falamos disso culpamos a crise, o governo, os patrões ou o sistema de não conseguirem dar-nos as condições que merecemos e de não conseguirmos viver no nosso país com a qualidade de vida mínima. Este blogue é um exemplo:
http://fartosdestesrecibosverdes.blogspot.com/

É um assunto no qual penso bastante, até porque também faço parte do clube dos recibos verdes e das incertezas permanentes. Mas, por vezes, penso que não estamos a ver o problema todo. Deixo aqui algumas das minhas dúvidas:
  • Portugal sempre foi um país de pessoas que saíam para outros países para procurar uma vida melhor. Em termos estatísticos, a emigração actual é muito reduzida, face a outras épocas do passado. O que está a mudar é o facto de aqueles que emigram serem pessoas mais qualificadas, que procuram emigrar para trabalhar naquilo que gostam.
  • Talvez devido ao tipo de emigração que tivemos, temos uma imagem muito negativa do fenómeno. Em alguns países, emigrar é uma opção tão natural como ficar no seu país.
  • O peso actual de estar fora do país é muito menor, com a Internet e as viagens facilitadas, pelo menos na Europa.
  • Se a UE é um mercado comum de pessoas e bens, se podemos ir estudar para fora, a tendência é para que a mobilidade de emprego aumente e ter um mercado maior pode ser uma vantagem.
  • Hoje somos um país que recebe imigrantes, desqualificados como nós éramos, mas também especializados.
  • Nada disto invalida que as pessoas que conheço fora se sintam sempre um bocado órfãs de pátria.
  • Para terminar, penso que, ainda que a situação económica cá melhore, provavelmente a nossa emigração, sobretudo dentro da UE, não vai diminuir.

Enfim, são reflexões...

Monday, September 3, 2007

Parabéns Vanessa Fernandes!

Um destes dias, uma prima minha estava a explicar à filha que o pai tinha sido campião nacional numa modalidade de atletismo. E vai daí, a filha pergunta-lhe:
"- Mas o avô dantes era preto?"