Tuesday, November 25, 2008

Poema para Galileo

Gosto muito do António Gedeão, porque acho que ele conseguia aquilo que é mesmo difícil: escrever sobre temas tão banais quanto fundamentais com beleza, melodia e simplicidade. Não conhecia este poema, que acho inspirador nestes dias de desânimo que por aí andam. E gostei especialmente de o ouvir lido por 35 investigadores portugueses. Obrigada, Marcenda, pela divulgação.

Tuesday, November 18, 2008

Chegou o Chico!


Hoje, aqui, vem uma crónica que li há anos no Expresso e da qual, nem sei bem porquê, me lembro muitas vezes. Um grande bem-haja às Palavras por este serviço público de republicação de memórias do baú.
Fez-me lembrar, também, uma cena a que assistimos quando estivemos, em Setembro, nas festas da Charneca (aqui ao lado). Havia animadores pelas ruas, revivendo cenas e personagens de outros tempos. Num tanque improvisado, jovens vestidas à lavadeira de Caneças (da Charneca, neste caso), fingiam lavar roupa à mão, enquanto cá fora, as mulheres da vila diziam "Ó rapariga, isso não é assim que se faz!".

Monday, November 17, 2008

O futuro chegou!

Quando era miúda, tínhamos aquela ideia de que o progresso tecnológico ia fazer coisas tão fabulosas como inúteis, tais como máquinas falantes. Desde que uso diariamente um elevador que fala comigo ("Fecho de portas", "Primeiro piso", "Atenção", "Boa viagem") que sei que esse futuro está mesmo aqui, à minha beira - embora, cá para mim, aquele conversa toda seja só para nos distrair da lentíssima velocidade a que a dita máquina cumpre a sua função ascendente e descendente...

Também havia o Kit, aquele carro d'O Justiceiro, com quem o Michael Knight comunicava via relógio ("Kit, Kit, vem me buscar"). Mas esse foi outro mito que caiu, no dia em que estava à porta de uma discoteca e um conhecido trazia com ele um carro falante. Falava pouco, é certo, mas com clareza: "You're too close to the car. Please step back".

Mas a semana passada vi algo realmente diferente: um eléctrico falante (ou um carro-eléctrico falante, como diria a minha avó). Ia eu, ordeiramente, a atravessar uma passadeira no sinalito verde, quando ouço uma buzina e uma voz metálica dizer MUITO ALTO qualquer coisa como "Deves estar é pitosga!". Primeiro, apanhei um susto. Depois pensei "Que gravação estranha". E, finalmente, percebi que não, infelizmente ainda não era a máquina a falar, era só mesmo o condutor a usar a tecnologia para insultar um transeunte menos cumpridor das passadeiras do que eu... o que vale é que o eléctrico é fechado e ainda não se inventou uma mãozinha mecânica para insultar o pessoal com gestos...

Wednesday, November 12, 2008

Lugares onde vivemos

Este site é absolutamente fabuloso http://theplaceswelive.com/

Mostra como vivem muitos de nós, neste planeta de desigualdades, mas sem explorar a miséria alheia, ao estilo TVI. As imagens e os testemunhos das pessoas são muito, muito belos. Fico a pensar no absurdo que é alguém poder achar-se infeliz quando tem um tecto e alguém que goste de si. Impressionaram-me muitissimo as "casas" da Indonésia, em especial a da mãe com o bebé que vivem num banco. Curiosamente, todos os testemunhos têm sementes de esperança.